Resenha - Ecos da Morte - Kimberly Derting‏

 

Sinopse:

Violet Ambrose tem dois problemas – o dom mórbido e secreto que carrega desde a infância e Jay Heaton, seu melhor amigo, por quem está apaixonada. Aos dezesseis anos e confusa com os novos sentimentos em relação a Jay, ela começa a ficar cada vez mais incomodada com sua estranha habilidade – Violet encontra cadáveres. Desde pequena ela percebe os ecos que os mortos deixam neste mundo. Ruídos, cores, cheiros. Mas não todos, apenas os das vítimas de assassinato. Para ela, isso nunca foi um grande talento. Na maioria das vezes, tudo o que encontrava eram pássaros mortos, deixados para trás pelo gato da família. Mas, agora que um serial killer está aterrorizando a pequena cidade onde mora e os ecos das garotas assassinadas a perseguem dia e noite, Violet se dá conta de que talvez seja a única pessoa capaz de detê-lo. Em pouco tempo ela estará no rastro do assassino. E ele, no dela.

Resenha:

Acho que esse é o livro que menos ficou parado na minha estante, comprei-o semana passada e não conseguia parar de ficar olhando pra ele, morrendo de vontade de ler. Assim que acabei de ler Destino, comecei quase que imediatamente a leitura de Ecos da Morte e a primeira coisa que consegui pensar depois de ler o prólogo foi: Uau!

"Jay afastou a mão do rosto de Violet, e ela teve de lutar contra o impulso de tremer, em razão da carga elétrica que sentiu ao ser tocada. Suas bochechas ruborizadas ainda formigavam onde os dedos de Jay tinham encostado. Decidiu guardar aquela sensação estranha só pra si." (Pagina 82)

A estória já começa de uma forma tensa e sombria, Violet, ainda é uma garota de 8 anos, que há pouco descobriu que tem poder de encontrar corpos de animais e pessoas mortas, mas não de todas as pessoas mortas, apenas aquelas que foram assassinadas.

Agora aos 16, Violet se encontra diante de um novo dilema, não é mais o "dom" que a incomoda tanto, pois já aprendeu a conviver com ele, é até como amenizar os ecos deixados por essas pobres criaturas que tiveram suas vidas roubadas. O que a incomoda é o fato dela perceber que o que sente pelo melhor amigo Jay mudou, ela começa a vê-lo de outra forma, uma forma que nunca acho que poderia enxergá-lo, pois afinal de contas ele é seu amigo.

Um assassino está a solta na cidade, e garotas começam a aparecerem mortas. Quando alguém próximo a Violet, desaparece ela decide que irá usar o "dom" (que cá entre nós, ta mais pra maldição), para encontrar o assassino e impedir que ele faça mais uma vítima, é então que com a ajuda de Jay, e dos ecos deixados pelas garotas mortas, que Violet vai atrás do assassino, em uma busca que poderá colocar a sua própria vida em risco.

O livro é narrado em terceira pessoa, entranhei um pouco no começo, pois estava acostumado a narrativa em primeira pessoa, mas logo acostumei, e a leitura fluiu de uma forma eficaz e envolvente.

Os personagens são bem carismáticos, quem nunca teve uma amigo(a) bobão(ona) por quem se apaixonou? Ou pais super protetores? Amigas lindas e loucas? Ou até, quem nunca sentiu ecos deixados por pessoas mortas? Ok, essa última parte foi uma tentativa idiota de fazer piada.

A estória em si é boa, pois a promissa é bastante original. Mas é quando você chega quase no final que tudo muda, quando você acha que está tudo resolvido, começa uma verdadeira novela mexicana. Eu amo novela mexicana, mas muita enrolação em livros não rola, né? Mesmo depois de tanta enrolação a autora consegue o que me parecia impossível naquela altura, consegue prender nossa atenção até o fim, sem contar no desfecho do livro que é ótimo.

O livro é super indicado pra quem curte romance, suspense e claro um bom toque sobrenatural. Sem dúvidas alguma, gostei do livro, se não fosse a enrolação que citei, o livro seria perfeito, mas mesmo assim é muito bom. Que venha Desejos dos Mortos.

Autor da resenha:

Me chamo Duh Araujo, tenho 21 anos. Adoro coisas cômicas e por isso coleciono tudo que acho estranho e diferente. Soumegahyperultrapower viciado em YA, principalmente os sobrenaturais. Quando termino de ler um livro sinto que preciso compartilhar minha opinião sobre ele ou não terá valido a pena eu ter lido, é como se o fato de compartilhar a estória com outras pessoas a mantenha viva dentro de mim. Acho que por isso sinto a necessidade de dividir minhas opiniões.